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SONIA ELIZABETH
( BRASIL - Goiás )

 Sônia Elizabeth é poeta e prosadora, autora do livro de poemas Sinfonia Natural e participante de várias antologias pelo Brasil, bem como também premiada nacionalmente. Foi vencedora do concurso Bolsa de Publicações Hugo de Carvalho Ramos 2017, no gênero poesia, assim como também premiada em outros concursos no gênero prosa. É natural de Rio Verde-GO e reside em Goiânia-GO. Atuante nas redes sociais, divulga literatura e cultura de modo geral, inclusive no incentivo aos novos talentos. Amante dos livros, da natureza e dos animais. Formada em Direito, é servidora pública estadual da Secretaria de Estado da Fazenda-GO.

Membro da UBE-GO.


Sônia Elizabeth. A lírica poética da manhã eu chega (ou um tango noturno para o anjo Aquiles. Guatinguetá, SP: Penalux, 2022.  96 p.
ISBN  978-65-5862-325-7   
Exemplar da biblioteca pessoal de Salomão Souza.


     
RETORNO DO ANJO EM NOITE IMPURA

“Louco é só! Desvairado! A noite vai sem termo
E estendendo, lá fora, as sombras augurais.
Envolve a Natureza e penetra o meu ermo.”!
(Noite de Insônia — Emilio de Menezes)

                             I

                             Ficou-me o desengano
Da noite manceba e fria.
Eu nem desaguei a última lágrima,
Não antevi o dilema dos loucos,
Pouco ou nada previ da vida.

Estive incinerada na vala comum
Dos seres que não raciocinam.
Sabiam-me poeta à margem
Dos ritos da divindade.
Sou o meio termo entre jornada
Que acaba e não principia.

Não sabem de mim os mortais,
Pois que medro em qualquer esquina.
Profundamente no caos ou abandono,
Ainda assim destilo rimas
E sou lírica até os ossos.
Nenhuma vaidade me subestima.


II

O anjo chegou na madrugada, encolhido.
Vestiu-se de estima, calculou o alcance.
Pueril (ou trágico) aterrissou em minha cama.
Tive comigo rios e fontes de água puríssima,
O céu feito um monge, pedido auxílio
Na montanha mais alta. De lá veio o anjo,
Esse pacífico lorde, de cor escura.

Atravessei o poema, de ponta a ponta,
Vindo desaguar num mar só de carícias.
O progresso viajante num só voo
Fez a colheita que queria.
Eu tinha macãs, poemas, cerros, um vestido
Onde só as nuvens se descortinavam.
Eu era todo um palco
Para a dança angelical e seus precipícios.
Eu era a lama e os lenitivo.
Depois que acordei o anjo se doutrinara,
Estava pervertido.
Não sobrou-me quase nada,
Nem pudores, nem vestimenta.
Nem estigma.


III 

Avistei sombras pela penumbra,
O que não é comum na dimensão humana.
Depois da noite vem o abandono
E a placidez dos encantos escusos,
Vem a promessa de luminosidade,
Aplausos para a vida imensa.

Ninguém me prometeu o paraíso
Quando eu mais merecia.
Sabendo o que sou, alguns entoam
O canto mudo dos inconscientes.
Eis o prelúdio, a palavra,
O eterno e inútil acontecimento!

 

 *
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Página publicada em junho de 2025.

 

 

 
 
 
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